Desde que o ser humano existe, uma grande pergunta permanece no centro das atenções das mais variadas culturas e religiões: qual o objetivo da vida e sua relação com a morte?
É muito difícil viver cada dia sem saber, exatamente, o que nos espera no final dessa importante trajetória. Exatamente por isso, grandes doutrinas e correntes de pensamento buscam responder a essa maior incógnita da humanidade levando em conta as suas crenças e ideais.
Neste post, vamos falar sobre a concepção de vida e a consciência da morte de acordo com as religiões com mais adeptos no mundo. Acompanhe:
O Juízo Final: cristianismo, judaísmo e islamismo
Os seguidores do cristianismo — incluindo católicos, protestantes e ortodoxos —, do judaísmo e do islamismo têm em comum a crença em uma única divindade. Para os cristãos, Deus; para os judeus, Jeová; e para os muçulmanos, Alá.
Essas religiões acreditam que a alma é imortal e que não há ressurreição da carne. Assim, no final dos tempos, todos passarão por um Juízo Final, no qual serão condenados à vida eterna no Paraíso ou no Inferno, de acordo com seus atos terrenos.
A Lei do Carma: budismo e hinduísmo
Os budistas e hinduístas concordam sobre qual o objetivo da vida e sua relação com a morte. Para as duas religiões, tudo o que acontece conosco está relacionado à Lei do Carma, segundo a qual os nossos atos se refletem em consequências.
Nesse caso, os espíritos passam por muitas reencarnações, que podem ser em formas humanas ou animais, até que consigam libertar-se do carma e sair, por fim, da Roda de Samsara.
Para os hinduístas, a prática da cremação dos mortos é considerada sagrada. Eles acreditam que, ao purificar o cadáver entregando-o ao Senhor Agni — o deus do fogo –, o espírito fica livre para continuar o seu caminho no ciclo de mortes e renascimentos.
Reencarnação da alma: espiritismo, candomblé e umbanda
Apesar de terem rituais muito diferentes, essas três correntes lidam bem com a saudade de quem se foi. Isso porque acreditam que a morte é apenas uma passagem para o plano imaterial.
De acordo com os adeptos do espiritismo, do candomblé e da umbanda, todos nós viemos ao mundo com um propósito. Quando conseguimos cumpri-lo, nosso espírito se liberta do corpo físico e é recepcionado por mais espíritos do outro lado, que nos ajudam a seguir nosso caminho.
Se não formos bem-sucedidos em nossa missão, recebemos uma nova oportunidade de concluí-la plenamente por meio da reencarnação em outros corpos. Assim, entre tantas passagens pela Terra, nossos espíritos acumulam aprendizados e evoluem.
A morte definitiva: ateísmo
Os ateus são aqueles que não acreditam em nenhuma divindade. Normalmente, suas crenças condizem com o que pode ser provado pela ciência. Como não há indicações palpáveis do que nos espera após a morte, o ateísmo conclui que a morte física é definitiva — ao menos, até que se prove o contrário.
Por não acreditarem em um espírito eterno ou em vida após a morte, alguns ateus podem ter mais dificuldade em se preparar emocionalmente para a perda dos entes queridos, pois sabem que somente poderão rever seus familiares e amigos nas preciosas lembranças que ficam.
Enfim, embora com concepções diferentes, todas essas correntes de pensamento carregam em comum uma verdade — a morte é inevitável a todos! Para nós, resta aceitar esse fato e tentar lidar com ele da melhor forma possível, lembrando que cada dia é um presente que merece ser aproveitado e vivido em plenitude.
Agora, se você gostou de saber um pouco mais sobre qual o objetivo da vida e sua relação com a morte no ponto de vista de várias religiões, que tal conhecer como diferentes culturas honram seus entes falecidos? Até a próxima!