Nunca é fácil lidar com a perda de uma pessoa querida. Por isso, muitas vezes evitamos falar sobre o assunto. No entanto, é preciso preparar-se emocionalmente e financeiramente para a morte de um familiar.
Além de todo o sofrimento envolvido, o falecimento traz também diversas questões burocráticas que precisam ser resolvidas. Neste texto, explicaremos o que fazer e o quanto se antecipar pode evitar muitos problemas. Continue a leitura!
O que fazer logo que alguém morre?
Não tem jeito, mesmo que ninguém esteja esperando, a morte chega em algum momento. Caso o falecido não tenha deixado nenhuma recomendação ainda em vida, pelo menos um familiar ou pessoa mais próxima deverá resolver todos os trâmites burocráticos e do funeral. O ideal é que seja alguém que esteja com o emocional um pouco mais estável.
A primeira coisa a ser feita é providenciar a liberação do corpo e a emissão da certidão de óbito. Isso dependerá de onde e da forma como ocorreu a morte. Se foi natural e em casa, o médico da família pode declarar o óbito de imediato.
No hospital, os médicos também podem emitir a declaração de forma rápida, desde que não seja necessário fazer uma necropsia. Se a morte ocorrer na rua, o corpo é levado para o Instituto Médico Legal (IML), que só fará a liberação após determinar as causas.
Só é mais complicado mesmo conseguir liberar o corpo quando ocorre morte violenta. Nesses casos, é preciso aguardar a perícia e uma autorização judicial. Tudo vai depender das causas e de como foi o falecimento.
Para emitir a certidão de óbito, são necessários os seguintes documentos:
- declaração de óbito;
- cédula de identidade;
- CPF;
- certidão de nascimento (falecidos menores de idade) ou certidão de casamento;
- certificado de reservista para homens;
- título eleitoral;
- carteira Profissional;
- PIS/PASEP;
- cartão do INSS para aposentados;
- nome do cônjuge e dos filhos.
Qual o tipo de sepultamento escolher?
Depois de resolver as questões burocráticas, é hora de começar a preparar o funeral. Se o falecido não tiver deixado um testamento ou nenhuma recomendação, a família pode escolher o tipo de sepultamento e como será o velório.
É importante procurar um serviço de funeral que cuidará de detalhes como:
- traslado e preparação do corpo;
- flores e decoração;
- cortejo;
- caixão ou urna funerária.
Também é preciso procurar um jazigo num cemitério. Ele pode ser temporário, com os restos mortais retirados após cerca de três anos, ou perpétuo, em que a aquisição do terreno é permanente. De qualquer forma, deve-se pagar uma taxa de condomínio e fazer uma manutenção regular.
Outra opção menos usual, mas que pode ser bem mais barata, é fazer uma cremação. É preciso procurar o serviço de um crematório. Isso precisa ser autorizado pela família ou por um juiz (quando for morte violenta), e a pessoa também pode deixar registrado essa vontade ainda em vida.
Depois, as cinzas são colocadas em uma urna e entregues à família. Elas poderão ser depositadas junto à natureza ou guardadas em locais especiais que alguns cemitérios possuem, chamados cinerários ou columbários.
Como comunicar outras pessoas?
Com tudo encaminhado para o funeral, é hora de avisar as pessoas sobre o falecimento. Isso pode ser feito por telefone ou e-mail, principalmente para quem era mais próximo do falecido.
Inclusive, é possível falar apenas com um indivíduo de cada núcleo e pedi-lo para notificar os demais. Lembre-se de que as pessoas vão querer saber local e horário do velório e do sepultamento
Mas a melhor forma é fazer uma nota de falecimento e publicá-la em um jornal ou outro veículo local. Isso é ainda mais relevante quando se trata de uma pessoa com certa notoriedade. Abaixo, segue um modelo básico:
É com grande tristeza que comunicamos o falecimento de (Sr./Sra. Nome), conhecido também como (profissão, apelido, etc.), aos X anos.
Aqueles que quiserem prestar suas últimas homenagens podem comparecer ao velório feito no (local), localizado (endereço e referência). O enterro será realizado dia XX/XX, às XX horas, no (local).
Agradecimentos de seus familiares.
Por que contratar um plano funeral?
Como você pode perceber, não é muito fácil preparar um funeral e resolver toda a burocracia que envolve o falecimento de uma pessoa. O melhor é lidar com tudo isso ainda em vida e não deixar esse fardo para os familiares.
Daí a importância de se contratar um plano de assistência funerária. Com ele, é possível deixar tudo acertado antes da morte, e a empresa cuidará do funeral quando acontecer o óbito. Basta pagar uma pequena taxa mensal.
O plano de assistência funeral difere dos seguros, pois, enquanto estes apenas cobrem os custos funerários, aqueles cuidam de todos os detalhes depois do falecimento. Ou seja, não se trata de um reembolso, mas um serviço completo de consultoria e suporte.
As empresas responsáveis pelos planos funerários cuidam tanto da parte burocrática de emissão de documentos e liberação do corpo quanto da parte da cerimônia do funeral. É uma forma de oferecer bem mais tranquilidade à família num momento tão difícil.
Também é uma maneira mais simples de garantir que suas vontades sejam atendidas. Por exemplo, quem prefere ser cremado precisa deixar isso registrado de alguma forma. Se o serviço de cremação foi adquirido em vida pela pessoa falecida, é uma prova legítima de que essa era a sua vontade. Assim, os familiares terão mais tranquilidade em autorizar o processo.
Além disso, para quem contrata um plano, ele pode ser uma forma de ajudar a se preparar para algo que é inevitável. Por mais que ninguém goste de falar sobre o assunto, deixar tudo pronto ajuda a encarar o fato com mais naturalidade.
Como lidar com a perda de um ente querido?
Não é fácil lidar com o luto e nem com a possibilidade de perder alguém. Por isso mesmo, não existe uma fórmula ou um passo a passo de como processar esses sentimentos. No entanto, ainda assim, é possível minimizar o sofrimento. Veja algumas dicas:
- converse com sua família e comunique sobre suas preferências para o funeral e o sepultamento;
- concentre-se nas boas lembranças com a pessoa falecida;
- dê mais atenção a quem ficou;
- não se sinta culpado pela perda de uma pessoa;
- tente voltar à rotina normal.
A verdade é que cada um acaba por encontrar a sua maneira de preparar-se emocionalmente e financeiramente para a morte de um familiar. O importante é reconhecer que trata-se de um fato natural e que dá sentido à própria vida.
Quer saber mais sobre como se preparar para a morte? Entre em contato conosco e tire todas as suas dúvidas!